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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025
Hipertensão arterial: entenda causas, riscos e ações para prevenção

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Hipertensão arterial: entenda causas, riscos e ações para prevenção

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A hipertensão arterial, também chamada de pressão alta, é uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,28 bilhão de pessoas convivem com essa condição. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que mais de 38 milhões de brasileiros relataram diagnóstico médico de hipertensão em 2019.

De acordo com o médico Carlos Augusto Figueiredo Correia, da área de Clínica Médica do AmorSaúde, existem dois tipos principais de hipertensão. A primária, mais comum, costuma se desenvolver ao longo dos anos, sem causa específica identificável. Já a secundária está associada a condições de saúde como doenças renais, distúrbios hormonais ou o uso de alguns medicamentos.

Estágios da hipertensão

A hipertensão é dividida em estágios de acordo com os níveis de pressão arterial:

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- Pré-hipertensão: pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg e diastólica abaixo de 80 mmHg;
- Hipertensão estágio 1: pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou diastólica de 80 a 89 mmHg;
- Hipertensão estágio 2: valores sistólicos iguais ou superiores a 140 mmHg ou diastólicos a partir de 90 mmHg;
- Crise hipertensiva: pressão sistólica acima de 180 mmHg ou diastólica superior a 110 mmHg.

O significado dos números na pressão arterial

Os números da pressão arterial indicam a força do sangue sobre as paredes das artérias durante a circulação. Segundo Carlos Augusto Figueiredo Correia, o primeiro número refere-se à pressão sistólica, que representa a força durante a contração do coração. Já o segundo número, a pressão diastólica, corresponde à força exercida quando o coração está relaxado. Uma pressão de 12 por 8 (120 mmHg e 80 mmHg) sugere níveis normais. Valores acima de 13 por 9 indicam alerta, enquanto medições superiores a 18 por 11 podem caracterizar uma crise hipertensiva, que exige atenção médica imediata.

Jovens também estão em risco

Apesar de ser mais prevalente em adultos e idosos, a hipertensão tem crescido entre os jovens. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta que cerca de 10% dos brasileiros entre 18 e 24 anos apresentam níveis elevados de pressão arterial. A adoção de hábitos prejudiciais, como o consumo de energéticos, cigarro eletrônico e à exposição contínua ao estresse digital, contribui para o aumento de casos nessa faixa etária.

Sintomas e possíveis complicações

A hipertensão frequentemente é silenciosa, o que torna essencial a realização de medições regulares. Quando presentes, os sintomas incluem dor de cabeça, tontura, visão turva, falta de ar e palpitações. No longo prazo, pode causar danos significativos ao coração, rins e cérebro, elevando o risco de infartos, AVCs, insuficiência cardíaca e comprometimento cognitivo.

Fatores de risco

Carlos Augusto Figueiredo Correia lista os seguintes fatores que contribuem para o desenvolvimento de pressão alta:

- Histórico familiar da doença;
- Dieta rica em sódio, gorduras e ultraprocessados;
- Obesidade ou sobrepeso;
- Sedentarismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Tabagismo;
- Estresse crônico e problemas de sono.

Prevenção e controle

Embora não tenha cura, a hipertensão pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e medicação, caso necessário. Tecnologias como aplicativos conectados a aparelhos de medição têm facilitado o monitoramento de pressão, possibilitando maior controle sobre a condição.

“A tecnologia pode ser uma grande aliada, desde que usada com responsabilidade e com o acompanhamento de um profissional de saúde”, afirma o médico. Ele também destaca a importância de uma alimentação saudável. “O sódio presente em alimentos processados e enlatados contribui diretamente para o aumento da pressão arterial. Uma dieta balanceada prescrita por um nutricionista é um fator determinante na prevenção e no controle desta e de tantas outras doenças.”

Outros aspectos, como a qualidade do sono e a gestão do estresse, são igualmente relevantes. Práticas como atividades físicas regulares, meditação e o estabelecimento de horários consistentes para dormir ajudam a regular os níveis de pressão arterial. “Criar uma rotina com horário regular para dormir e acordar contribui para o equilíbrio do organismo”, acrescenta Correia.

Uso de medicamentos

O uso de medicamentos deve sempre ocorrer com orientação médica e de forma contínua. Entre os erros mais comuns, está a interrupção do tratamento por conta própria. “Muitos pacientes abandonam os remédios ao se sentirem bem, e isso é um grande risco. A adesão ao tratamento e a adoção de hábitos saudáveis são indispensáveis para o controle da pressão”, conclui o especialista.

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