Portal de Notícias Demonstrativo - Sua fonte de notícias na cidade de ...

Terça-feira, 25 de Novembro de 2025
Onda de calor eleva consumo de água no Paraná e Sanepar alerta para uso consciente

Geral

Onda de calor eleva consumo de água no Paraná e Sanepar alerta para uso consciente

IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
Às vésperas do feriado de Carnaval, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) constatou que o consumo de água permanece alto, inclusive durante o período noturno, devido ao calor extremo que diversas cidades do Paraná enfrentam, como Londrina, Cambé e Ponta Grossa. Conforme o Simepar, quase todo o Estado apresentou temperaturas acima da média em fevereiro de 2025. Na quarta-feira (26), Pinhais, Guarapuava, Fazenda Rio Grande e Lapa registraram o dia mais quente do ano. Em Ponta Grossa e Londrina, as temperaturas mínimas e máximas deste mês estão acima da média histórica. Em Ponta Grossa, por exemplo, a temperatura mínima média de fevereiro está 2ºC acima do normal, enquanto a máxima supera a média histórica em 1ºC. Já em Londrina, a média da temperatura mínima está 1,4ºC acima do padrão, enquanto a máxima registra um aumento de 1,3ºC. "É um momento de desafio. Precisamos estar juntos para superar este desafio climático que vem assolando todo o Sul do Brasil, trazendo uma onda de calor ao Paraná, fazendo com que o consumo de água seja em níveis extremamente elevados", afirmou o presidente da Sanepar, Wilson Bley. O gerente geral da Sanepar para a Região Nordeste, Gil Gameiro, explicou que o aumento de temperatura impacta diretamente no consumo de água, variando de 2% a 5% para cada grau acima dos 30ºC. No Sistema de Abastecimento Integrado Londrina-Cambé, o consumo de água em janeiro e fevereiro teve alta superior a 20% em relação à média do ano passado. "Além deste fator, a temperatura se mantendo acima de 24ºC por mais horas e por dias consecutivos impacta os sistemas de água. Apesar do funcionamento ininterrupto, o alto consumo reduz os níveis de reservação, afetando o abastecimento em algumas áreas", destacou. Segundo Gameiro, também houve mudanças no horário de pico de consumo. "Historicamente, o pico ocorre entre 19 e 20 horas. Nos dias mais quentes, o consumo elevado tem se estendido até 23 horas, meia-noite", informou. A Sanepar já iniciou os testes da nova adutora e elevatória do Sistema Tibagi, obra que custou R$ 27 milhões e deve ser concluída em abril, antes da previsão inicial de agosto. "Esta obra vai aumentar a nossa capacidade de transporte de água para reservatórios nas regiões Oeste e Leste de Cambé. São mais seis quilômetros de adutora e uma estação elevatória de água. Cortamos o Centro, a partir da Rua Sergipe, até a região Oeste, próximo ao Moinho", acrescentou. Em Ponta Grossa, a alta demanda de água tratada também está diretamente ligada às ondas de calor consecutivas registradas em fevereiro. O período de maior consumo diário, que antes ocorria das 11 às 13 horas, agora se estende das 10 às 15 horas. Em dias mais quentes, o consumo chega a aumentar cerca de 25%. Para atender esse crescimento, a Sanepar vem adotando ações emergenciais, como a ativação de um novo poço no último fim de semana, cuja capacidade será ampliada até março. A companhia também deverá antecipar a operação da nova adutora do rio Pitangui e de um módulo de tratamento que, ainda em março, deve elevar a produção do sistema em 7%. Ao término das obras previstas para abril, a capacidade do sistema será ampliada em 15%. O presidente da Sanepar destacou que a companhia está revisando seu planejamento estratégico devido ao novo regime climático. "Estas obras não são rápidas, são obras estruturantes, que têm um prazo de maturação. Nós estamos aumentando a nossa produção para que o consumo seja equilibrado. Agora, é claro, precisamos do uso racional de todos, desse bem finito que é a água potável, para aquelas necessidades que são básicas no nosso dia-a-dia", enfatizou. Ele orientou que a água da Sanepar seja reservada para fins essenciais, como hidratação, alimentação e higiene, e sugeriu que água da chuva ou de reuso seja utilizada para lavar calçadas, veículos, tapetes, regar plantas e mesmo para descargas.
Comentários:
Adjori

Publicado por:

Adjori

Saiba Mais